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A arte Yanomami é fruto do saber tradicional de um dos povos ícones da sociodiversidade brasileira. São peças únicas produzidas na floresta Amazônica com matéria-prima natural e grande primor estético.
Arte Yanomami

Cada objeto produzido pelo povo Yanomami guarda uma história. O formato da cestaria e suas linhas circulares se conectam com a vida cotidiana dos Yanomami. É de forma concêntrica que eles interagem com a floresta, dispondo suas casas (xapono) no centro, e ampliando o raio para as roças e área de caça. Esse mesmo desenho se repete no corte de seus cabelos e nos grafismos.
O cotidiano nas comunidades é permeado por objetos fabricados por mulheres e homens que, com um esmero estético único, encontram soluções práticas para o dia a dia. Por sua beleza e funcionalidade, eles passaram a ser valorizados também pela população não indígena.
A comercialização do artesanato se tornou uma importante forma de troca por objetos que eles não podem produzir. É dessa forma que conseguem viabilizar a aquisição de facão, utensílios agrícolas, sandália, anzol e outros produtos que são básicos em seu cotidiano.
As peças de artesanato são confeccionadas na floresta Amazônica nas comunidades da Terra Indígena Yanomami nos estados de Roraima e Amazonas. A arte Yanomami é fruto de um saber transmitido através de gerações, que envolve desde o conhecimento dos métodos de coleta da matéria-prima até seu processamento e confecção final dos objetos através da técnica do trançado. As matérias-primas utilizadas nas peças podem ser cipó titica, fios de fungo negro, raízes de palmeira paxiubinha ou fibra de arumã com tingimentos naturais. São peças únicas com elementos gráficos variados.
O trabalho de produzir e comercializar estes cestos preserva a cultura, gera renda e autonomia para as comunidades, fortalecendo os Yanomami contra as ameaças e pressões pela exploração predatória de seus territórios. Ao adquirir e difundir a arte Yanomami você contribuirá com a preservação da Amazônia e a manutenção da cultura de um dos povos ícones da sociodiversidade brasileira: os Yanomami.
Cesto Wɨɨ a O cesto Wɨɨ a é um cesto alongado com fundo arredondado e ponto fechado. São trançados por mulheres e feitos de cipó titica com detalhes de fios de fungo negro ou com pinturas de tintas naturais como o urucum. As mulheres Yanomami, segundo se tem registro, são as únicas artesãs no mundo a utilizarem esse fio de origem fúngica para confecção de artesanato. O cesto Wɨɨ a é o recipiente aonde as mulheres levam todos os produtos da coleta e da roça, e carregam a lenha para cozinhar e aquecer a casa coletiva durante a noite. É também com ele e uma alça de casca de árvore para sustentar o cesto na cabeça que as mulheres fazem longas viagens transportando a rede e os utensílios da família. Esse cesto é peça fundamental para a mulher yanomami e o conhecimento de como fazer é passado das mulheres mais velhas para as mais jovens.
Cesto Xotehe O Xotehe é um cesto raso trançado de cipó titica com fios de fungo negro ou tiras de raízes pretas da palmeira paxiubinha. O cesto Xotehe, assim como o Wɨɨ a, é um dos cestos mais tradicionais Yanomami. É feito por mulheres e é objeto de uso diário nas comunidades. Podem ser trançados com ponto fechado ou aberto. Os de trama fechada são utilizados para acondicionar alimentos, como frutas e beiju (alimento a base de mandioca), algodão e pequenos objetos. Os modelos com trama aberta são tradicionalmente utilizados para pescar e também guardar alimentos.
Balaio Soteha O balaio Soteha é confeccionado por homens Yanomami do grupo Sanöma. O grafismo utilizado nesse instrumento remete às trocas de conhecimento entre os Sanöma e povos de língua Karib, nos últimos dois séculos. Esse cesto tem bordas baixas e é trançado com fibras de arumã em cor crua e fibras tingidas com tintas naturais. Serve como travessa para apoiar frutas e outros alimentos, recolher a massa de mandioca, guardar e servir o beiju e o que é comido coletivamente em família.
Tipiti Kotomasö O Kotomasö, conhecido também como tipiti, é um cesto tubular trançado com fibras de arumã em cor crua e fibras tingidas com tintas naturais. Esse utensílio culinário é confeccionado pelos homens Yanomami do grupo Sanöma e utilizado pelas mulheres para espremer o suco venenoso da mandioca brava. Seu formato permite retirar todo o líquido da mandioca para secagem e elaboração da farinha e beiju. Com o líquido que sai se pode fazer o tucupi. Os modelos à venda são uma réplica reduzida dos objetos encontrados nas comunidades, que normalmente são bem maiores. A parceria entre Hutukara Associação Yanomami e ISA - Instituto Socioambiental torna possível apresentar essas peças ao mercado de forma acessível e justa, valorizando os produtos da floresta. A Hutukara Associação Yanomami foi fundada em 2004 na aldeia Watorikɨ por iniciativa do líder mundialmente conhecido, Davi Kopenawa Yanomami, ainda hoje seu presidente. Possui sede na cidade de Boa Vista (RR), é membro da Rede de Cooperação Amazônica (RCA) e responsável pela construção, desde 2015, do PGTA – Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Yanomami, em parceria com o ISA. Tem sido fortalecida como a principal associação da Terra Indígena (TI) Yanomami e preserva o seu capital simbólico conquistado mundialmente na defesa do território e na garantia dos direitos do povo Yanomami.
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