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O manejo sustentável do pirarucu é realizado pelos manejadores e manejadoras do Território Solimões e representa uma das principais atividades econômicas da região, além de contribuir para a conservação e recuperação da espécie.
Pirarucu

Nos últimos anos, o pirarucu alcançou o status de matéria-prima culinária mais concorrida da Amazônia. Mas o que pouca gente sabe é que foram necessárias duas décadas de manejo sustentável da espécie, na região do médio curso do Rio Solimões, para que ela pudesse chegar aos pratos de restaurantes estrelados e conquistar paladares nacionais e internacionais. Além do sabor suave e da ausência de espinha, o maior peixe de escamas do mundo também atrai por sua imponência: pode chegar a pesar duzentos quilos e atingir três metros de comprimento.
Ameaçado de extinção pela invasão de barcos pesqueiros ilegais na região e por políticas de incentivos perversos, o gigante amazônico teve sua pesca totalmente proibida no Amazonas em 1996, após uma série de medidas restritivas para regular o comércio fracassarem. Ciente da importância econômica da pesca do pirarucu na composição da renda das famílias que habitavam o território, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá intensificou as pesquisas sobre a espécie e elaborou uma proposta de retomada da exploração comercial do peixe em níveis sustentáveis.
Implementado há mais de 20 anos na região, o Plano de Manejo do Pirarucu permitiu que centenas de comunidades ribeirinhas aliassem a pesca realizada tradicionalmente pelas populações à conservação da espécie, revelando que é possível conciliar a conservação com seu uso produtivo, gerando resultados sociais, ecológicos e econômicos. Desde os primeiros anos, a iniciativa se mostrou exitosa nos propósitos de recuperar os estoques de pirarucu, aumentar a geração de renda das famílias e fortalecer a organização das comunidades.
Hoje, são 50 comunidades envolvidas em 12 projetos de manejo, que resultaram num aumento do estoque natural da espécie de 427%. A diversidade de atividades que envolvem a pesca do pirarucu também possibilita que as mulheres tenham condições de participar do manejo em igualdade de condições com os homens. Desde que o manejo sustentável iniciou, o número de mulheres beneficiadas por ele cresceu de zero para cerca de 40%, e os grupos de manejadores passaram a ser envolvidos nos processos de discussão de políticas públicas em níveis municipal e estadual.
A valorização e a visibilidade tornaram o modelo de manejo participativo uma atividade promissora. Em 2011, ela foi reconhecida como a melhor experiência de geração de renda dos sítios americanos de áreas alagadas de importância internacional, por meio de um prêmio concedido pelas Nações Unidas.
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Crédito da Foto: Aline Fidelix / Instituto Mamiruá
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